Quando éramos crianças, lá trás na escola, aprendíamos que os recursos eram divididos em esgotáveis e inesgotáveis. Água e petróleo, por exemplo, eras inesgotáveis. Achávamos engraçado em alguns países haver guerra por causa de água e aqui uma abundância. Quanta ignorância.
Apenas algumas décadas depois, e sabemos quão esgotáveis os recursos são. Muitas outras classificações entraram no nosso dia a dia, hoje a escola transmite os conceitos de reutilização, reciclagem, reaproveitamento, desperdício, preservação, lixo, meio ambiente e muitos outros.
Tenho até uma passagem engraçada quando um dos meus filhos estudava sobre rios e matas no início do fundamental: assoreamento, erosão, mata ciliar. Eu na minha ignorância ambiental… Não filha, é mata auxiliar! E não era. Outra mãe cometeu a mesma gafe, e comentou em reunião de pais, kkkk. Ufa, não fui só eu. Aprendi com eles.
Mas voltando aos recursos, em função desta cultura exploratória enraizada na nossa educação, demoramos demais para nos dar conta de quão preciosos são os recursos. Ainda maltratamos a água, o ar, o verde, os bichos. Não sei se teremos tempo de mudar e salvar a nós mesmos, junto com nosso planeta.
Os inesgotáveis estão seriamente comprometidos, a cultura da exploração simplesmente não cabe mais.
Mas infelizmente ainda existe.
Exploramos recursos, pessoas e até crianças.
Deus nos ajude.
O efeito cascata do desiquilíbrio é assustador.
A seca mostrou nossa vulnerabilidade, nossa dependência.
A chuva nos mostra como somos nada, ínfimos.
Sem luz estamos na idade da pedra.