Individualidade.

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Individualidade.


A individualidade é algo que construímos ao longo de nossa vida, acredito que a pedra fundamental é alicerçada depois da adolescência, quando saímos da idade do bando, onde somos sombras da turma, andamos em bloco, marcas, estilos, gostos. A opinião do grupo é 100% relevante.
Entramos na juventude, saindo um pouco do grupo; conhecendo novos grupos, formando nosso cardápio de vida, nossas escolhas um pouco mais traçadas, nossos valores mais desenhados; formando nosso EU dentro de nossos grupos.
(Um ponto curioso é que quem conserva amigos da pré-juventude os guarda de uma maneira especial, mesmo que fiquem guardados por muito tempo, ficam numa caixa de presente. Sorte de quem pode abri-los novamente e resgatar um pouco desta época tão maravilhosa!).
Mas voltando…
Jovens, agora indivíduos, se preparando para voos mais longos.
Escolhemos uma atividade, amigos, definimos gostos pessoais – música, lazer, leitura, prazer etc e solidificamos nossos círculos de relacionamento.
Nos 20 anos seguintes, seremos nós mesmos. E nesse meio tempo em geral acontecem os relacionamentos sérios, estáveis.
A maioria dos casais se forma justamente pela atração no outro indivíduo, que de alguma maneira completa, dá sentido à própria existência.
Relacionamento é um terreno mega, super, hiper complexo, cada um com seu cada um, amor, paixão, amizade, igualdade, lealdade, parceria, submissão, equidade, machismo, papéis, interdependência, tem de tudo.
Mas, eu acredito que a individualidade é que nos une, é o princípio da atração, você se interessa por alguém.
Mas é muito louco quando encontramos uma dupla onde não há individualidade.
A relação vira uma pasta onde não se sabe onde começa um, e onde termina o outro.
Dias destes soube de um casal onde tudo é de ambos, inclusive (agora com a tecnologia) o grupo de amigos dos WhatsApp. Um entra no grupo do outro com o celular do próprio e se sente à vontade pra comentar discutir, criticar os amigos e os assuntos do outro!!!!!!!!!!
Tipo mulher em conversa de roda de boteco ou homem em bate papo de sofá, com todos os estereótipos possíveis; mulher pelada, papo de empregada, futebol, chefe, receita …

Tipo “meu marido e eu não gostamos disso”, ou “minha mulher e eu não pensamos assim”.

Deus! Não sou psicóloga, mas como pode? Cadê a individualidade? Derreteu.
Parece-me uma regrinha básica que cada um deve cultivar algumas coisas individuais, para no mínimo ter assunto para o jantar! Nem vou falar na importância para a própria relação…

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